O Mercado Municipal de Santarém será inaugurado em 2025, após seis anos de uma obra marcada por atrasos, derrapagens orçamentais e polémicas em torno do seu planeamento. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal durante a última reunião do Executivo.
O autarca sublinhou que a requalificação do mercado representa um passo significativo para dinamizar o centro histórico da cidade, destacando que a infraestrutura está concluída, aguardando apenas os ajustes finais para entrar em funcionamento. “É um dos mercados mais bonitos do país e uma obra de que nos orgulhamos“, afirmou, defendendo que o investimento contribuirá para revitalizar a economia local e atrair visitantes.
Projeto já está desatualizado e ainda não abriu
Contudo, o processo não esteve isento de controvérsias. Entre as principais críticas, destaca-se a ausência de espaços comunitários no projeto inicial, uma característica apontada como essencial em mercados alternativos modernos. O projeto, com mais de uma década, foi descrito como desatualizado face às novas tendências do setor. “O mercado, como o conhecíamos, nunca mais será o mesmo”, reconheceu o vereador responsável pelo pelouro.
Abertura temporária do mercado no dia 7 de dezembro
As tentativas de concessão do espaço a privados também enfrentaram dificuldades, com o concurso público a ficar deserto. Após reuniões com potenciais interessados, a Câmara optou por entregar a gestão do mercado à empresa municipal Viver Santarém, que terá a missão de garantir o funcionamento e atrair comerciantes e marcas de referência.
No dia 7 de dezembro, será realizada uma abertura temporária do mercado, com um evento que reunirá produtores locais e dará à população a oportunidade de conhecer o espaço por dentro. A expectativa do Executivo é que o mercado se torne uma âncora para a atividade económica no centro histórico de Santarém.
Inauguração oficial em março de 2025
A inauguração oficial, prevista para março de 2025, será acompanhada por esforços para captar novos investidores e dinamizar o espaço, que conta com 37 bancas e 26 lojas. O Executivo reforçou que o sucesso do projeto dependerá da capacidade de atrair comerciantes e de responder às necessidades da comunidade.
Apesar dos desafios, a obra foi defendida como um investimento estratégico, financiado parcialmente por fundos comunitários, e uma aposta no desenvolvimento económico do município. “Queremos que o mercado seja um símbolo de renovação para Santarém“, concluiu o presidente da Câmara.