O Centro de Frutologia Compal entregou, no passado dia 26 de novembro, 60 mil euros em bolsas a três empreendedores frutícolas, destacando o compromisso com a inovação e sustentabilidade no setor. Entre os vencedores, encontra-se Paulo Costa, de Torres Novas.
Paulo Costa e o projeto Olaia Natura
Paulo Costa foi reconhecido pelo seu trabalho na transição para a produção biológica de figos e pelo lançamento da marca Olaia Natura, que inclui frutas, hortícolas, mel e bebidas alcoólicas. O projeto não só valoriza a produção local, como também contribui para a sustentabilidade ambiental e económica, alinhando-se com as diretrizes da Compal para o setor.
Outros vencedores
Nesta edição, três empreendedores destacaram-se pela criatividade e impacto das suas propostas:
- Maria João Guedes, de Vila Nova de Gaia, aposta na reconversão de um hectare de mirtilos para variedades mais adaptadas ao mercado, com foco na redução do desperdício.
- Paulo Costa, de Torres Novas, está em transição para modo biológico na produção de figos e lançou a marca Olaia Natura, abrangendo frutas, hortícolas, mel e bebidas alcoólicas.
- Bruno de Jesus, de Tavira, valoriza a tradição local na produção de citrinos, aliada à adoção de tecnologias de gestão agrícola sustentáveis.
Cada vencedor recebeu uma bolsa de 20 mil euros, que será aplicada na implementação dos projetos apresentados.
Ligação da Compal à região de Santarém
O distrito de Santarém desempenha um papel central na história da Compal, com a fábrica de Almeirim a ser um marco na produção nacional de sumos e néctares. Esta ligação reforça a importância de apoiar empreendedores da região, como Paulo Costa, que contribuem para valorizar o setor frutícola e promover práticas agrícolas sustentáveis.
Mais de uma década de impacto
Nos seus 11 anos de existência, a Academia já apoiou 140 empreendedores frutícolas, com a atribuição de mais de 600 mil euros em bolsas e 500 horas de formação, abrangendo 74 municípios de norte a sul do país.
O presidente do Centro de Frutologia Compal, José Jordão, afirmou: “A nossa missão é continuar a elevar a fruticultura nacional, promovendo práticas sustentáveis e inovadoras que aumentem a competitividade do setor.”
Inovação e capacitação no setor frutícola
A edição de 2024 introduziu novos módulos de formação, como a Inteligência Artificial aplicada ao negócio, e reforçou a vertente híbrida do programa, com um total de 78 horas de formação (digital e presencial).
A cerimónia de entrega das bolsas incluiu painéis sobre a valorização da fruta portuguesa e o futuro da fruticultura, com a participação de especialistas e antigos alunos da Academia, como Cristóvão Ferreira, Michele Rosa, e representantes de empresas como Campotec, Natural Business Intelligence, e WiseCrop.
Sustentabilidade e futuro
Com uma abordagem que integra tecnologia, sustentabilidade e apoio financeiro, a Academia do Centro de Frutologia Compal mantém-se como um pilar de desenvolvimento para o setor frutícola português, promovendo projetos que respondem às exigências do mercado e dos consumidores.