O contrato para as obras de ampliação e modernização do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi assinado esta terça-feira entre a Vinci, ANA Aeroportos e um consórcio liderado pela Mota-Engil, num investimento total de 233 milhões de euros. A cerimónia de assinatura decorreu junto ao Terminal 2, com a presença de diversas personalidades, incluindo o primeiro-ministro Luís Montenegro e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
Principais intervenções previstas
O projeto inclui a construção de 10 novos pontos de embarque e a reconfiguração do edifício do ‘busgate’ sul, com o objetivo de aumentar a capacidade do aeroporto, que tem estado sobrelotado nos últimos anos. A obra será executada pelo consórcio liderado pela Mota-Engil, sendo descrita como “o maior projeto em termos de valor realizado pela ANA desde o aeroporto Francisco Sá Carneiro”, segundo Thierry Ligonnière, diretor da Vinci para Portugal e Brasil.
José Luís Arnaut, presidente da ANA Aeroportos, destacou que as obras representam um “momento importante” para o aeroporto, permitindo um “upgrade significativo” na infraestrutura.
Protocolo com a Força Aérea
Durante a cerimónia, foi também assinado um protocolo de utilização militar com a Força Aérea Portuguesa, representada pelo chefe do Estado-Maior, João Cartaxo Alves. O ministro das Infraestruturas sublinhou a importância deste acordo, afirmando que ele reforça os compromissos de defesa nacional e com a NATO, e destacou o planeamento para um novo Campo de Tiro da Força Aérea.
Miguel Pinto Luz anunciou ainda o encerramento operacional do Aeródromo de Trânsito n.º 1, em Figo Maduro, garantindo que serão asseguradas condições para continuar a receber altas individualidades no país, com mais detalhes previstos para uma apresentação em janeiro.
Próximos passos
O primeiro relatório sobre o andamento das obras deverá ser entregue pela Vinci a 17 de dezembro, incluindo os compromissos de execução, calendários e visão para o futuro da infraestrutura aeroportuária.
O ministro reiterou que as obras são essenciais para resolver os problemas de sobrelotação do aeroporto, que há anos tem enfrentado limitações de capacidade.
Participação governamental
Embora tenha estado presente na cerimónia, o primeiro-ministro Luís Montenegro não prestou declarações aos jornalistas.
Com este contrato, inicia-se uma fase crucial para o Aeroporto Humberto Delgado, que se prepara para responder às necessidades crescentes de mobilidade e à exigência de modernização das infraestruturas aeroportuárias em Portugal.
