O núcleo de Santarém do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) promoveu esta quinta-feira, vigílias em Santarém e no Couço, com largas dezenas de participantes e diversas estruturas, organizações e associações que aderiram a ação através do apelo lançado pelo CPPC.
O CPPC promove o seguinte apelo sobre a guerra na Ucrânia:
“A situação de guerra na Ucrânia, que tem repercussões em toda a Europa, comporta riscos de consequências imprevisíveis.
A guerra não pode ser uma solução para um conflito e não é, em caso algum, um caminho para estabelecer a paz.
Nesse sentido, os subscritores:
-Apelam ao fim da guerra na Ucrânia, ao estabelecimento de negociações, de modo a encontrar um acordo justo e duradouro, no interesse dos povos;
-Reclamam que, a par da suspensão imediata dos combates na Ucrânia, seja travado o constante aumento de forças militares e de armamentos no Leste da Europa, situação que tende a sobrepor os interesses da guerra à paz, à amizade e à cooperação entre os povos da região;
-Salientam que as sanções não devem substituir a diplomacia porque, em primeiro lugar, atingem as condições de vida das populações, tanto dos países que as sofrem como dos que as impõem;
-Repudiam todas as manifestações de fascismo, nazismo e nacionalismo agressivo onde quer que se manifestem;
-Entendem como imprescindível e urgente a criação de acordos e mecanismos de diálogo que garantam o estabelecimento de um clima de paz, confiança e de segurança para todos os países e povos da Europa e do mundo;
-Apelam às autoridades portuguesas que, à luz da Constituição da República, não contribuam para o agravamento do conflito, o militarismo, a guerra, e sejam parte activa e empenhada na procura de justas soluções de paz;
-Manifestam a sua solidariedade ao povo ucraniano e a todos quantos sofrem com a guerra, assegurando formas de apoio humanitário, dirigidas a suprir necessidades urgentes das populações envolvidas, garantindo que o mesmo não venha a ser apropriado por grupos fascistas e neonazis ucranianos;
-Sublinham que o respeito pelo direito internacional, no quadro da ONU, pela Acta Final da Conferência de Helsínquia é o caminho essencial para a justiça, a segurança, o respeito pelos direitos dos povos e a paz”.