Militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiental (SEPNA) da GNR de Santarém detiveram, no dia 10 de março, um homem de 44 anos por crime de dano contra a natureza, nomeadamente, pesca ilegal de meixão, no concelho de Cartaxo. Foram apreendidos 2,214 quilos de meixão.
No âmbito de uma investigação por crime de dano contra a natureza, que decorria há cerca de um ano, os militares da Guarda detetaram o suspeito no leito do rio a efetuar a pesca ilegal do meixão. No seguimento da ação, foi possível constatar que o suspeito já tinha na sua posse espécimes em fase larvar da enguia (Anguilla anguilla), motivo pelo qual foi detido.
Os militares da GNR apreenderam ao detido 2,214 quilos de meixão, três redes de captura de meixão, uma embarcação e vários utensílios utilizados na captura do meixão.
O detido foi constituído arguido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Benavente.
A ação contou com o reforço da estrutura de Investigação Criminal (SIIC) do Comando Territorial de Santarém e da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF) da GNR.
A enguia europeia, (Anguilla anguilla), que na fase larvar é conhecida por enguia juvenil/meixão, é uma espécie considerada em perigo e que tem sofrido grande redução em razão da pesca ilegal, impedindo desta forma o normal ciclo de reprodução, colocando em causa a sustentabilidade da espécie. O valor do meixão, no mercado final (países europeus e asiáticos), varia consoante os meses e pode alcançar um valor de seis mil euros por quilo.
Por se encontrar em boas condições de sobrevivência, o meixão foi imediatamente restituído ao seu habitat natural.














Mão pesada para estes malfeitores. A Natureza primeiro e as comunidades ribeirinhas precisam que alguém defenda estas espécies.