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Município de Santarém assinala Dia Mundial da Terra

O Município comemorou no passado dia 22 de abril,  o Dia Mundial da Terra em Santarém pelos projetos e ações que tem desenvolvido na área do Ambiente, em particular na reabilitação de rios e ribeiras do concelho, alinhando a sua estratégia local com os novos desígnios da Lei do Restauro da Natureza e da Estratégia da Biodiversidade, assente num modelo centralizado no envolvimento das pessoas para aumentar o nível da Literacia Ambiental no Território.

No âmbito da celebração deste importante dia, o Município de Santarém inaugura a Estação de Biodiversidade (Biospot) do troço do rio Centeio em Póvoa das Mós (Freguesia de Pernes) e a renaturalização da ribeira do Canavial em Casével (União de Freguesias de Casével e Vaqueiros).

O projeto municipal Reabilitar Troço a Troço (RTT) integra 23 troços fluviais reabilitados com mais de 6000 metros de extensão, em 16 das 18 freguesias do concelho impactando conhecimento, experiência e interpretação sobre a importância do valor dos ecossistemas naturais. É um projeto demonstrativo a nível nacional que permitiu com a maturidade dos conceitos aplicados conceber a Rota de Reabilitação de Rios (RRR).

A Rota de Reabilitação de Rios vai progredindo no Território com a inauguração das Estações de Biodiversidade, que visam relacionar a crise climática com o estado ecológico dos rios e ribeiras – a crise da Biodiversidade e, assim, suscitar uma reflexão sobre a imprescindibilidade da qualidade da Água Doce e da Biodiversidade associada aos ecossistemas aquáticos mediterrânicos que possuem espécies únicas de fauna e flora.

O RTT Póvoa das Mós em Pernes – troço do rio Centeio na Póvoa das Mós, possui diversas espécies piscícolas ameaçadas, tais como: boga portuguesa (Iberochondrosma lusitanicum), escalo (Squalius pyrenaicus), enguia (Anguilla anguilla) e verdemãs (Cobitis paludica). A boga portuguesa é um endemismo Lusitânico, ou seja, apenas existe em Portugal.

O troço da ribeira do Canavial em Casével, recebeu uma obra de renaturalização. Foram projetadas Técnicas de Engenharia Natural, aplicadas pela equipa da Divisão do Ambiente e Sustentabilidade em cooperação com a União de Freguesias Casével e Vaqueiros.

O Dia Mundial da Terra, é exposto em painel o resultado do estudo técnico-científico sobre a biodiversidade existente na linha de água para que todos que visitem este troço possam ter acesso ao conhecimento.

Nuno Russo, Vereador da Proteção Ambiental e Raúl Violante, Presidente da Junta de Pernes plantaram árvores no troço do Rio Centeio em Póvoa das Mós, o Vereador destacou a importância da comemoração do dia Mundial da Terra, e para a necessidade de preservar os recursos naturais do Planeta, realçando a necessidade de se promover cada vez mais a consciência e a obrigação de deixar um mundo melhor para as gerações vindouras, continuando a poder usufruir de todo um património natural conjuntamente com os nossos munícipes, é um compromisso e uma ambição do Município”.

 

1 comentário

  1. Assinalo, como muito positivo, o que aqui se refere quanto ao trabalho desenvolvido, neste sentido, e que importa manter e preservar, além da importância de promover a ligação das populações ao mesmo objectivo, procurando que sejam activos praticantes e defensores de um presente e sobretudo de um futuro que, não havendo mudanças muito significativas, em todos os níveis das sociedades, dos governantes e dos dirigentes de empresas, em especial, e dos cidadãos, em geral, há-de ser catastrófico, e as evidências de hoje já são suficientes para o prever.
    Que igual trabalho seja feito, também, noutros cursos de água do concelho, salientando que no ribeiro do Vale de Santarém continuam os cortes e retenções de água feitos por alguns usurpadores de um curso de água que deve correr livre, assim como no rio Maior / Canal de Asseca e/ou da Azambuja, poluído há dezenas de anos, com os combros a serem danificados ao longo dos anos e, no leito do rio/canal, em muitas zonas, autênticas florestas nasceram dentro deste importante curso de água da região e, além disso, enormes manchas de jacintos alastram há anos, com as consequências para as quais os especialistas tanto têm avisado.
    Também nos combros do rio Maior (Canal ou Vala de Asseca, ou de Azambuja) poderia haver uma ecovia, desde a nascente à foz (em Azambuja) aproveitando também o antigo ramal ferroviário, de Rio Maior ao Vale de Santarém, completamente desaproveitado e até, em algumas zonas, já usurpado por alguns, segundo soube, que acrescentaram por essa via metros e metros, do antigo ramal, às suas propriedades.
    Ora, os Movimentos Ecologistas, ao longo deste curso de água (Movimento Ar Puro, de Rio Maior, Movimento Ecologista, do Vale de Santarém, e Eco-Cartaxo) apresentaram há anos, em termos formais, exactamente a ideia da criação dessa ecovia, não só à C.M. Santarém mas também às outras câmaras das margens do rio: Rio Maior, Cartaxo e Azambuja. Aqui está um projecto do maior interesse, que se poderá integrar nos objectivos que, tanto a CMSantarém, como as outras, onde o rio Maior existe, poderão vir a considerar, para, no concreto, melhor corresponderem às exigências que o presente (e já com muito atraso…) temos pela frente, sob pena de sermos vítimas dos malefícios gigantes que andamos a fazer à nossa casa comum – A TERRA. E, também por esta via, se promove envolvimento das pessoas para aumentar o nível da Literacia Ambiental no Território, mais conhecimento, experiência e interpretação sobre a importância do valor dos ecossistemas naturais, se relaciona a crise climática com o estado ecológico dos rios e ribeiras – a crise da Biodiversidade – e se suscita a reflexão sobre a imprescindibilidade da qualidade da Água Doce e da Biodiversidade, associada aos ecossistemas aquáticos mediterrânicos que possuem espécies únicas de fauna e flora, se dá um importante contributo para preservar os recursos naturais do Planeta, e se promove a consciência e a obrigação de deixar um mundo melhor para as gerações vindouras, continuando a poder usufruir de todo um património natural, que a própria Constituição da República Portuguesa prevê caber a cada cidadão, para além das instituições, falando dos direitos e deveres que nos cabem, para esse fim, de benefício colectivo: TODOS NÓS. Oxalá, na CMSantarém, como nas outras câmaras da região haja reflexão e acção para este fim. Aqui volto a deixar o meu contributo, como cidadão e membro do Movimento Ecologista do Vale de Santarém, integrado no proTEJO.

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