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Fim de semana de Páscoa com oito urgências encerradas no sábado e dez no domingo

Encerramentos afetam sobretudo serviços de obstetrícia e ginecologia na região de Lisboa e Vale do Tejo

O fim de semana prolongado da Páscoa de 2025 será marcado por constrangimentos significativos nos serviços de urgência hospitalar, com oito unidades encerradas no sábado (20 de abril) e dez no domingo de Páscoa (21 de abril), segundo informação atualizada pelo portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A maioria dos encerramentos afeta serviços de obstetrícia e ginecologia, com maior incidência na região de Lisboa e Vale do Tejo, uma das zonas do país mais pressionadas pela falta de recursos humanos.

Hospitais afetados e especialidades em causa

Na sexta-feira, feriado da Paixão de Cristo, estarão encerradas apenas duas urgências de obstetrícia e ginecologia: Hospital Garcia de Orta (Almada) e Hospital Amadora-Sintra.

Já no sábado (20 de abril), o número de serviços encerrados sobe para oito, seis dos quais de obstetrícia e ginecologia (Almada, Barreiro, Castelo Branco, Vila Franca de Xira, Aveiro e Leiria), e duas de pediatria (Hospitais de Vila Franca de Xira e Beatriz Ângelo, em Loures).

No domingo (21 de abril), o número atinge o pico: dez serviços estarão encerrados, sendo sete de obstetrícia e ginecologia (Garcia de Orta, Amadora-Sintra, Setúbal, Vila Franca de Xira, Santarém, Abrantes e Leiria), e três de pediatria (Vila Franca de Xira, Loures e Torres Vedras).

Apesar dos encerramentos, cerca de 130 urgências estarão em funcionamento a nível nacional durante o fim de semana, às quais se somam mais de 30 serviços de ginecologia e obstetrícia com funcionamento garantido através do projeto-piloto do SNS 24, que exige contacto prévio das utentes com a linha dedicada.

Falta de médicos e desafios persistentes

O encerramento temporário das urgências é justificado pela falta de médicos especialistas, problema que se agrava em períodos de férias, feriados e fins de semana prolongados. A situação é particularmente crítica na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde também se regista o maior número de utentes sem médico de família.

Em declarações proferidas hoje no Porto, o diretor executivo do SNS, Álvaro Almeida, garantiu que “ninguém deixará de ser atendido” neste fim de semana, apesar das dificuldades, reconhecendo, contudo, a “falta de recursos humanos” e as dificuldades em completar escalas nas unidades mais afetadas.

A Direção Executiva do SNS afirma estar em “contacto contínuo com as Unidades Locais de Saúde (ULS)” para garantir a articulação da resposta, sublinhando que os dez encerramentos previstos para domingo representam 6% da rede nacional de urgências, composta por cerca de 170 unidades.

Soluções em preparação

A DE-SNS sublinha que está a trabalhar numa solução multidimensional, com o objetivo de atrair mais médicos especialistas para as ULS com maiores carências, de modo a minimizar os encerramentos temporários e reforçar a estabilidade dos serviços.

Na área da obstetrícia, a mais afetada neste fim de semana, a linha SNS Grávida continua a funcionar, assegurando encaminhamento adequado das utentes para os serviços clínicos disponíveis.

Apesar das limitações, o SNS reforça que mantém ativa a sua rede de emergência e que todos os utentes serão atendidos em função da gravidade e da disponibilidade de serviços.

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