Cinco urgências hospitalares, nas áreas de ginecologia e obstetrícia e de pediatria, vão estar encerradas este sábado, 19 de julho, em Portugal continental, segundo o mais recente mapa de funcionamento publicado no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De acordo com os dados consultados pela agência Lusa às 18h15 de sexta-feira, não estão hoje a funcionar as urgências de ginecologia e obstetrícia dos hospitais Garcia de Orta (Almada), Vila Franca de Xira, Santo André (Leiria) e Infante Dom Pedro (Aveiro). Também em Vila Franca de Xira a urgência pediátrica estará encerrada durante o dia de hoje, prolongando-se a situação até domingo.
Na véspera, sexta-feira, o Hospital Distrital de Santarém também registou o encerramento da urgência de ginecologia e obstetrícia, juntando-se a Aveiro, Barreiro e Almada. Encerramentos rotativos que têm afetado cada vez mais utentes no Ribatejo e em toda a região Centro e Sul do país.
Além dos serviços totalmente encerrados, várias urgências funcionam este sábado em regime referenciado — ou seja, apenas recebem casos encaminhados pelo INEM ou pela Linha SNS24 (808 24 24 24). É o caso das urgências de ginecologia e obstetrícia dos hospitais São Francisco Xavier (Lisboa), Braga e São Bernardo (Setúbal), com horários restritos. Também as urgências pediátricas dos hospitais Amadora-Sintra e Beatriz Ângelo (Loures) se encontram neste regime.
As autoridades de saúde recomendam que, antes de qualquer deslocação a unidades de saúde, os cidadãos contactem previamente a Linha SNS24, para garantir o correto encaminhamento e evitar idas desnecessárias a serviços temporariamente indisponíveis.
A rotatividade dos encerramentos, motivada sobretudo pela falta de profissionais, tem gerado forte preocupação entre utentes, autarcas e profissionais de saúde, sobretudo nas regiões do interior e do litoral centro. Em Santarém, a urgência de ginecologia tem estado várias vezes inoperacional nos últimos meses, obrigando grávidas a percorrer dezenas de quilómetros até Lisboa ou Abrantes.
A situação volta a evidenciar as fragilidades estruturais do SNS e a necessidade urgente de reforçar a cobertura permanente nos serviços de urgência, particularmente nas áreas de ginecologia e pediatria, essenciais para a resposta às populações mais vulneráveis.












