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Paulo Raimundo defende investimento estatal “robusto” para responder ao drama da habitação em Santarém

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, esteve esta sexta-feira em Santarém, onde participou numa tribuna pública promovida pela CDU junto ao W Shopping. No encontro, o dirigente comunista defendeu a necessidade de um “investimento estatal robusto” para enfrentar o “drama da habitação”, sublinhando que esta resposta “não pode continuar a ser deixada nas mãos da banca e dos fundos imobiliários”.

“O direito à habitação está consagrado na Constituição e deve ser garantido pelo Estado. Não estamos a falar apenas de quatro paredes e um teto, mas de vidas, de famílias, de crianças”, afirmou Raimundo. O líder comunista defende que o Governo deve alocar, pelo menos, 1% do PIB – cerca de dois mil milhões de euros por ano – à construção e reabilitação de habitação pública.

O secretário-geral do PCP criticou as medidas mais recentes do executivo, acusando-o de “alienar património público” e “dar mais benesses à banca”. Em alternativa, apelou à recuperação de imóveis para “quartos para estudantes e casas para famílias”.

Na sua intervenção, Paulo Raimundo abordou ainda o próximo Orçamento do Estado, que considerou ser uma “aventura desgraçada” para o país, independentemente dos apoios parlamentares que venha a reunir. “O essencial não está nos entendimentos do Governo com o PS ou com o Chega. Está no conteúdo do documento, que não serve ao país: é um orçamento de desmantelamento do SNS, de ausência de resposta à habitação, de mais benesses fiscais para os grandes grupos económicos e de contenção nos salários e pensões”, criticou.

O dirigente comunista deixou também alertas sobre precariedade laboral, baixos salários e a necessidade de reforço da rede pública de creches e lares, de modo a garantir “uma vida digna para todos, dos mais novos aos mais velhos”.

A tribuna pública em Santarém serviu igualmente para destacar a composição das listas da CDU às eleições autárquicas de outubro. Paulo Raimundo lembrou que a coligação é “a única força a apresentar candidaturas a todos os órgãos municipais no continente e na Madeira”, envolvendo cerca de 35 mil candidatos, dos quais 45% são mulheres e 12 mil independentes.

“É gente que não está aqui para a fotografia. São construtores e protagonistas desta força popular, com um património de ligação à vida e aos problemas das pessoas”, concluiu.

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