O antropólogo e investigador Aurélio Lopes apresentou no passado dia 11 de outubro, no Fórum Mário Viegas, em Santarém, o seu mais recente livro, “O Retorno da Deusa-Mãe”, obra que encerra o ciclo de estudos sobre o cristianismo iniciado com “Videntes e Confidentes” e “O Profeta da Galileia”.
A sessão contou com as intervenções de Vítor Serrão, historiador de arte, e Luís Mata Figueira, historiador de arte e diretor do Museu de Riachos, e foi moderada por João Baptista, jornalista e diretor do Mais Ribatejo.

Ao longo da apresentação, Aurélio Lopes explicou que “O Retorno da Deusa-Mãe” propõe uma reflexão sobre a figura simbólica e espiritual de Maria, entendida não apenas como mãe de Jesus, mas como símbolo arquetípico da maternidade, da criação e da regeneração da vida. O autor revisita as origens do culto mariano e as suas conexões com antigas tradições da fertilidade e do sagrado feminino, abordando também a forma como esses mitos se entrelaçam com a história do cristianismo e com a espiritualidade popular portuguesa.

Vítor Serrão destacou o “rigor intelectual e a sensibilidade humanista” de Aurélio Lopes, considerando-o “um verdadeiro militante da cultura e da partilha do saber”. Já Luís Mata Figueira sublinhou “a coragem do autor em abrir caminhos de pensamento e diálogo entre a fé, a antropologia e a filosofia contemporânea”.

A apresentação de “O Retorno da Deusa-Mãe” reuniu público de várias áreas culturais e académicas, confirmando o interesse crescente pela obra de Aurélio Lopes, cuja investigação tem vindo a estabelecer pontes entre a ciência, a tradição e a espiritualidade.








