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PCP faz balanço autárquico e denuncia “degradação dos serviços públicos” no distrito de Santarém

A Direção da Organização Regional de Santarém do PCP (DORSA) analisou os resultados das eleições autárquicas e a situação económica e social no distrito, alertando para o agravamento das condições de vida da população e apontando responsabilidades à política orçamental e laboral do atual Governo.

Em comunicado emitido após reunião realizada em Alpiarça, no dia 17 de outubro, a DORSA saúda militantes, ativistas do PEV, da Intervenção Democrática e independentes que participaram na campanha da CDU, sublinhando o “quadro político e social profundamente adverso” em que decorreu.

Apesar da redução da expressão eleitoral, a CDU mantém-se como “importante força no poder local regional”, com a eleição de 91 representantes no distrito de Santarém: cinco vereadores, 24 membros em Assembleias Municipais e 62 em Assembleias de Freguesia, incluindo as presidências das juntas de Barrosa (Benavente) e Carregueiros (Tomar).

O partido lamenta, contudo, a perda da maioria no município de Benavente e nas freguesias de Benavente, Couço e Samora Correia, considerando que esses resultados não refletem o “reconhecido percurso de trabalho” dos seus eleitos.

A DORSA reafirma a “determinação dos eleitos e ativistas” em prosseguir a defesa dos interesses populares, com foco no respeito pelos compromissos assumidos, na valorização dos trabalhadores, no apoio ao movimento associativo e na democratização do acesso à cultura e ao desporto.

Críticas ao Governo e apelo à mobilização social

O comunicado destaca ainda as dificuldades sentidas no distrito, com “salários baixos, degradação dos serviços públicos” e a “ameaça de encerramento das urgências pediátricas de Abrantes e Santarém”, bem como a transformação dos centros de saúde de Benavente e Samora Correia em parcerias público-privadas (PPP).

A DORSA acusa o atual Governo PSD/CDS-PP, com apoio do Chega, IL e viabilização do PS, de avançar com um pacote laboral que “visa liquidar direitos” e de apresentar um Orçamento do Estado para 2026 que considera “um aprofundamento da exploração e das injustiças”.

Neste contexto, o PCP no distrito de Santarém apela à mobilização da população e aponta como momentos-chave de luta a greve da Administração Pública (24 de outubro) e a marcha nacional convocada pela CGTP-IN para 8 de novembro, em Lisboa.

Solidariedade internacional e reforço do partido

O PCP reafirma ainda a sua solidariedade com a causa palestiniana, condenando “o genocídio levado a cabo por Israel com o apoio dos EUA e da NATO”, apelando à participação na manifestação nacional pela paz, agendada para 29 de novembro.

A DORSA destaca, por fim, as prioridades do partido para os próximos meses: o reforço da militância, o 13.º Congresso da JCP (15 e 16 de novembro), a preparação da 50.ª edição da Festa do Avante (em 2026) e a ação nacional “Outro rumo para o país – Rejeitar o pacote laboral, a exploração e as injustiças”, com ações de contacto e esclarecimento até dezembro.

  1. Lamento muito que o comunicado da DORSA do meu Partido seja pouco mais do que um decalque mecânico do comunicado da reunião do Comité Central do PCP, realizada em 14/10/2025.
    Não é feita qualquer análise dos resultados eleitorais no distrito de Santarém – quer os da CDU, quer os dos outros.
    O PCP tem a obrigação política de realçar as questões mais importantes dos resultados eleitorais, os porquês das vitórias, os porquês das derrotas. Porque há porquês. E esta análise nunca pode ser encarada como um julgamento deste ou daquele camarada ou camaradas.
    Nada é dito sobre a grande influência do eleitorado não consolidado do Chega nestas eleições autárquicas – a nível nacional e local. Foram muitas centenas de milhares de votos do Chega, sobretudo os provenientes do PSD, que garantiram muitas vitórias à AD, com e sem IL, incluindo nos municípios de Lisboa e Porto.
    Sugiro que a DORSA agarre nos resultados do concelho de Benavente e que analise como caímos do 1º lugar para o 3º, com uma grande descida de votos e %. A mesma sugestão faço em relação à freguesia de Carregueiros, concelho de Tomar, em que voltámos a ganhar com grande reforço de votos e mandatos. É um entre outros exemplos onde o trabalho local do PCP e dos eleitos da CDU reverteu um resultado assustador de 18 votos em 18/05/2025, nas legislativas, para 371 votos agora, para a freguesia.
    Temos de aprender muito com todos os camaradas, em relação a todas as situações.
    Mas, para isso, é preciso mobilizar todo o Partido para discussões sobre estes resultados eleitorais, enquadrados nos resultados e percurso que se tem vindo a fazer desde há 40 anos.
    O Partido tem de discutir política, a sério, como aconteceu durante muitas décadas.
    E digo isto porque o vivi, com muitos, muitos camaradas. No distrito de Santarém e não só.
    O Partido tem de retornar ao marxismo e ao seu método de análise política, social e histórica – o materialismo dialético e as suas 3 inseparáveis leis.
    O trabalho assente em voluntarismos e subjectivismos nada tem a ver com qualquer partido comunista. Nada.

    ACORDAI, camaradas !

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