A cidade de Santarém vai celebrar, no próximo 8 de novembro, o seu legado histórico e artístico com a jornada cultural “A Santarém do Tempo do Renascimento (1520–1590)”, uma iniciativa que pretende destacar o papel central da antiga Scalabis como um dos grandes centros das artes e letras portuguesas do século XVI.
Organizado pelo Fórum Ribatejo, em parceria com o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Santarém, o evento decorre entre as 9h00 e as 13h00, no Auditório da Casa do Brasil, e contará com a participação de reputados especialistas em património e história da arte, como Vítor Serrão, Fernando António Baptista Pereira, Francisco Bilou, Maria Teresa Mata e Luís António Mata.
A sessão da manhã será dedicada à reflexão académica e histórica sobre o Renascimento em Santarém. Já a tarde convida à descoberta in loco de alguns dos mais emblemáticos espaços e obras renascentistas da cidade, com o seguinte programa de visitas guiadas:
- 14h30 – Igreja do Santíssimo Milagre
- 15h30 – Igreja de Marvila e túmulo dos Portocarrero, na Igreja da Graça
- 16h00–17h00 – Igreja da Misericórdia: encerramento com música e poesia, por Marta Cruz (órgão, Conservatório de Música de Santarém) e Nuno Domingos (Fórum Ribatejo)
A jornada tem como figura patronal o poeta Luís de Camões, ligado familiar e afetivamente a Santarém, cidade que celebraria n’Os Lusíadas como “o sempre enobrecido Scabelicastro”.
Um património com raízes profundas no século XVI
Apesar das perdas patrimoniais sofridas ao longo dos séculos, Santarém preserva ainda um importante espólio arquitetónico e artístico do Renascimento, com destaque para as igrejas do Santíssimo Milagre, Marvila, Santa Iria, Misericórdia, o claustro de Nossa Senhora da Saúde e a Capela de Nossa Senhora do Monte. São testemunhos vivos do esplendor artístico e cultural vivido pela cidade no século XVI.
Esta jornada visa, assim, valorizar o património renascentista escalabitano, estimular o conhecimento histórico, a identidade local e fomentar o turismo cultural, reforçando Santarém como referência nacional no contexto do Renascimento português.














