Assim canta Sérgio Godinho em “Liberdade”…
Se já deixámos para trás os horrores de uma guerra colonial, ainda falta construir importantes passos no país de abril!
O pão ainda não chega bem a todas as mesas – em particular às de pessoas com trabalhos precários e instáveis; as empresas de trabalho temporário substituíram as praças de jorna e há até convoque ou despeça trabalhadores por sms. A neoescravatura regressou aos campos do Ribatejo ante uma Autoridade do Trabalho de faz de conta.
A habitação sofre da ausência de oferta pública e os preços de venda e arrendamentos catapultam-se pelo incentivo dos especuladores e fundos financeiros dos bancos. Enquanto a população é “usurpada” por contínuos aumentos, a habitação de luxo é comprada 2 anos antes, ainda em planta, na lavagem de milhões de euros vindos do negócio escuro do offshore e dos vistos gold.
A saúde com um exército de “soldados” extraordinários e abnegados, mas desconsiderados pelos seus generais, sofre a inclemência permanente da insuficiência de meios – sempre prometidos, sempre publicitados – em regra falhados; continua na luta contra o novo inimigo, numa farda que tem escrito SNS. Obrigado soldados!
A educação, carente de professores e funcionários, tem gente de amor pela escola e pelas crianças. Obrigado professores e funcionários – vós mesmo carentes de reconhecimento pelo governo!
A saúde e a educação são ferramentas de partilha solidária na democracia. São igualdade, respeito e carinho – não, nunca poderão ser negócio. Usemos a liberdade de mudar e decidir para melhorar os serviços públicos!
A nossa saúde, a nossa educação, a nossa habitação, o nosso trabalho, são a estabilidade que necessitamos!
“… pertencer ao povo o que o povo produzir! é tarefa difícil, só será possível quando fizermos cessar os privilégios da banca especuladora, os negócios escuros da elite que são os “donos disto tudo”, a fuga aos impostos urdidas em leis à medida, as benesses de milhões a grandes empresas e um sem número de verdadeiros crimes sem punição. O vírus desta estabilidade tão proclamada tem sido o privilégio dos de cima, da casta superior. A estabilidade deles será tanto maior quanto mais for absoluta!
Que cada pessoa vote como entender…
Só sugiro que se lembre: você não pertence à casta dos de cima, mas ao cidadão e cidadã comum – os de baixo. Quando for votar pense na sua própria vida!
Vítor Franco











