Moendo e remoendo os resultados eleitorais do dia 30 de Janeiro, lastimo que o PAN não tivesse tido igual resultado que o CDS. Porquê? Por que nunca percebi a sua sanha contra tudo e contra todos quantos apreciam um bom bife, uma perdiz escabechada ou um suculento ensopado de lebre. Os adeptos do PAN podem ser fundamentalistas alimentares para eles próprios, tentarem impor as suas normas aos outros é puro, abstruso e obsceno fascismo alimentar, pandemia mental no que tange a gostos, convivialidades, ócios e práticas culturais baseadas nas tradições como são exemplo as touradas. Mesmo no rebusco dos votos a senhora dos frutos vermelhos em túnel salvou-se na pá de um remo. Esperemos menos propostas ridículas na sua voz de pão-de-ló.
Os senhores da Iniciativa quais alunos da selecta Universidade de Eton não perderam tempo e energias nos círculos onde sabiam serem escassas as possibilidades de êxito (o guloso e sectário Chicão tropeçou nessa ratoeira) concentraram os esforços nos círculos nos quais boa percentagem lê livros e jornais logrando resultados auspiciosos para o futuro dos seguidores (???) da doutrina iniciada por John Locke. Veremos, como dizia um cego viciado no jogo da batota.
É a primeira vez que escrevo sobre o CHEGA, não por o considerar leproso político como é classificado em vários círculos do poder político (Rui Rio pagou com língua de palmo a ambiguidade) sim por que o estilo troglodita de Ventura a recordar um populista francês do século passado, Pierre Poujade, cujos cocktails de agressividade só suscitam animosidades odiosas. O CHEGA obteve um brilharete eleitoral, pode a breve trecho cair no ridículo como aconteceu ao PAN, no entanto para já está em alta (jargão da Bolsa) pois muitos seus votantes acumularam imensa raiva, inveja e despeito exteriorizando pulsões que merecem reflexão por parte das restantes forças políticas incluindo o glutão açambarcador socialista António Costa. Os anátemas só têm lugar nos romances camilianos!
Armando Fernandes
Simplesmente brilhante Dr. Armando Fernandes.
Obrigado. Procuro ser isento. Às vezes não é fácil. Abraços.
Armando Fernandes