Na sua primeira extensão a Santarém, o festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival vem nos dias 2 e 3 de maio ao Teatro Sá da Bandeira, mostrar a vitalidade e o talento das cineastas do Mediterrâneo.
O Festival Olhares do Mediterrâneo/Women’s Film Festival é um projeto do grupo Olhares do Mediterrâneo e do CRIA (Centro em Rede de In- vestigação em Antropologia). É um evento cultural consolidado que teve a sua primeira edição em 2014 e é o primeiro festival internacional de cinema em Portugal dedicado a promover e exibir filmes em cujas equipas artísticas se destacam mulheres – criadoras e protagonistas – oriundas do Mediterrâneo ou que trabalhem em países mediterrânicos.
Esta primeira extensão em Santarém é organizada pelo Centro de Línguas e Culturas da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém em colaboração com o grupo Olhares do Mediterrâneo / CRIA. Tem o apoio do Instituto Politécnico de Santarém e da Câmara Municipal de Santarém, contando ainda com o patrocínio de privados (Família de Francisco Tavares Rosa) para a sessão sobre saúde mental.
A extensão escalabitana consiste em duas longas-metragens e cinco curtas de animação. To- das as obras – de seis países, incluindo Portugal – narram histórias de emoções, resiliência e entusiasmos e apelam à serenidade, reflexão e bom humor.
A extensão consiste em três sessões: dia 2, pelas 21h00, a sessão inaugural apresenta Uma aldeia da Calábria de Shu Aiello e Catherine Catella que conta a história, real, de um acolhimento a migrantes bem sucedido. Dia 3 às 10h30 há uma sessão para escolas com cinco curtas de animação, a qual, além da presença de Joana Toste, a realizadora de uma delas, inclui igualmente atividades de desenvolvimento de competências sociais ligadas ao “saber estar no cinema” e de competências de análise e seleção de filmes. A extensão do festival encerra nesse mesmo dia às 21h00 com uma sessão sobre saúde mental que apresenta a comédia dramática Loucamente, de Paolo Virzi. Todas as sessões são de entrada livre e seguidas de de- bate.
PROGRAMA Olhares do Mediterrâneo / Women’s Film Festival
2 de maio | 21h00
Sessão inaugural: Boas vindas ao Olhares do Mediterrâneo /Women’s Film Festival em Santarém!
UMA ALDEIA DA CALÁBRIA – Shu Aiello e
Catherine Catella, França/Itália/Suíça • 2016 • 90’
Como aconteceu em muitas outras aldeias do sul de Itália, quase todos os habitantes de Riace tinham emigrado para a cidade ou outros países deixando ao abandono casas e terras… Até que um barco com duzentos curdos que encalhou na praia junto à aldeia num dia de verão de 1998 encheu de novo Riace de vida.
Sessão Olhares… para as Escolas: 3 de maio | 10.30 h
Jogo: Como se está no cinema?
Jogo: Escolhe filmes com o PENTE
CAUDA DE SEREIA – Alba Barbé i Serra, Espanha • 2020 • 8’
Todas as crianças se riram do Roque quando no carnaval se disfarçou de sereia. E ele só pen- sa porque é que tem de ser para sempre ou uma coisa ou outra – humano ou sereia, preto ou branco, rapaz ou rapariga, carne ou peixe… Como se houvesse apenas duas opções! Não pode decidir não querer decidir?
UM MONSTRO, EU? Belinda Bonan, Espanha • 2020 • 6’
Nono vive feliz cuidando do seu pequeno e amado planeta. A inesperada visita de Be2 modificará tudo, mas mesmo apesar das suas enormes diferenças Nono e Be2 conseguirão comunicar, encontrar algo que os une e viver juntos em harmonia.
RECORDAÇÃO – Cristina Vilches Estella e Paloma Canonica, Espanha/ Suiça • 2020 • 13’
Uma rapariguinha e o pai viajam por lugares reais e imaginários. Ela leva sempre os seus óculos de armação azul esverdeada, ele leva sempre o seu cachimbo; ambos trazem recordações de cada viagem. No final da história, com ela já adulta e o pai um homem de idade, mesmo quando discutem continuam unidos, tal como os óculos e o cachimbo, juntos na mesma caixa.
A MENINA PARADA – Joana Toste, Portugal • 2021 • 9’
“Se nos perdermos uma da outra, não saias de onde estiveres!”, tinha dito a mãe à menina. Por isso, quando ela se viu sem a mãe no meio da rua, não deixou que ninguém, fosse automobilista ou primeiro-ministro, a tirasse de lá. Felizmente um polícia veio ajudá-la a continuar ali até a mãe aparecer.
PARANÓIA, PARANÓIAS – Katarina Jukić, Croácia • 2018 • 5’
À maior parte das pessoas as responsabilidades só provocam uma certa inquietação, mas a algu- mas – como Studoš, nesta história – a ansiedade impede-as de realizarem as tarefas mais simples e provoca-lhes insónias ou pesadelos criados pelo seu medo de falharem ou de não acabarem o trabalho a tempo.
Debate e eleição do melhor filme
Jogo: PENTE, PENTE e mais PENTE – vamos desenhar!
21h00
Olhares Francisco Tavares Rosa, sessão sobre saúde mental: Loucamente (2016) – Paolo Virzì, Itália/Suíça, 90’
Donatella, uma borderline deprimida de famílias humildes, é por ordem do tribunal internada na instituição psiquiátrica onde já está Beatrice, uma bipolar exuberante de classe média alta. Entre ambas nasce uma grande amizade. Certo dia, aproveitando um acaso, fogem da instituição para irem ter com as pessoas que amam – o filho e o pai de Donatella e o amante de Beatrice. Esse contacto foi ainda mais difícil do que imaginaram, mas a confiança e o carinho entre ambas que entretanto desenvolveram ensinou-as a cuidarem uma da outra e, nesse processo, a fazer bem a si mesmas.