Um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) morreu na noite de segunda-feira, no rio Guadiana, na sequência do abalroamento da embarcação em que seguia por uma lancha rápida presumivelmente ligada ao tráfico de droga, confirmou fonte da GNR à agência Lusa.
O incidente ocorreu por volta das 23h15, durante uma operação de patrulhamento e interceção de uma embarcação de alta velocidade, que havia sido sinalizada na zona de Alcoutim, no distrito de Faro. Segundo a GNR, foram mobilizados para a ação militares do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão, integrados na Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras, com o objetivo de localizar e abordar a embarcação suspeita.
Durante a tentativa de interceção, a lancha embateu violentamente na embarcação da Guarda, provocando a morte de um militar e causando ferimentos ligeiros em outros três, um dos quais sofreu uma fratura num braço, enquanto os restantes apresentavam escoriações.
Após o embate, a lancha foi localizada em chamas, a cerca de duas milhas (quase quatro quilómetros) do local do acidente. Os seus ocupantes fugiram e ainda não foram encontrados.
A GNR adianta que estão em curso diligências de investigação no rio Guadiana e nas suas margens, com o apoio da Polícia Marítima, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da Guardia Civil espanhola, no sentido de apurar as circunstâncias do incidente, recolher provas materiais e localizar os suspeitos.
A Polícia Judiciária está a liderar a investigação criminal.
A GNR acionou também apoio psicológico para os militares envolvidos na operação e para as famílias dos afetados.
O Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve confirmou que estiveram envolvidos 35 operacionais e 14 veículos no local da ocorrência.
Este trágico episódio vem sublinhar os riscos crescentes enfrentados pelas forças de segurança nas zonas de fronteira, particularmente em áreas como o Guadiana, frequentemente utilizadas por redes de tráfico transfronteiriço.















