Médico no Hospital de Santarém, Yahia Abuowda está a realizar uma campanha de angariação de fundos para ajudar da família que tem em Gaza a reconstruir as suas casas e locais de trabalho destruídos pela guerra Israel-Hamas.
O Mais Ribatejo falou com o médico scalabitano de origem palestinana que nos fala dos horrores que a sua família está a viver, com as vidas destruídas pela guerra. Nesta entrevista, Yahia Abuowda fala-nos também do seu trabalho no Hospital de Santarém, onde é coordenador da Unidade de Hospitalização Domiciliária, um serviço inovador, criado em 2019, que permite que os doentes possam estar internados em suas casas, e que abrange Santarém e vários concelhos vizinhos.
Pode ouvir a entrevista no podcast do Mais Ribatejo:
Foi o seu amigo Nuno Nunes-Ferreira, artista de Santarém, que nos alertou para a situação do médico Yahia Abuowda, que “está sempre disponível para ajudar o próximo, é um excelente médico e é o coordenador da Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital de Santarém”.
Apesar de já estar a viver em Portugal há 24 anos, o Yahia tem em Gaza a sua mãe, três irmãos, duas irmãs e as respetivas famílias, que viram recentemente as suas casas e locais de trabalho ficarem totalmente destruídos devido ao conflito Israel-Hamas.
Foram várias as tentativas junto do Governo Português para tirar a sua família de Gaza, mas o pedido foi sempre negado por parte de Israel, a sua mãe foi a única autorizada a sair, mas recusou deixar filhos e netos para trás.

Yahia afirma que “este é um pedido de ajuda, que tem como finalidade, uma causa com muito significado para mim. Surge na sequência da situação vivida em Gaza, inicialmente, com o propósito de reconstruir as casas e clínicas que foram total ou parcialmente destruídas (eram a sua fonte de rendimento) da minha família. Dado o agravamento da situação e de Gaza ter se tornado inabitável e muito perigoso, é urgente evacua-los de lá.
Todas as tentativas diplomáticas falharam. Resta nos, a empresa que consegue que estes saiam de gaza com o mi imo de seguranca, no entanto cobram 5 mil euros por adulto e 2500 por criança. Estamos cientes das dificuldades financeiras de todos e também não estamos habituados a este tipo de pedidos, mas o desespero e a angústia que sentimos para com a situação dos nossos familiares e também de todo o povo palestiniano.
Só com a vossa ajuda conseguiremos salvar a vida dos nossos familiares. Qualquer ajuda, mesmo que simbólica, será bem vinda e muito importante para eles..”
Todas as tentativas diplomáticas falharam. Resta nos, a empresa que consegue que estes saiam de gaza com o mi imo de seguranca, no entanto cobram 5 mil euros por adulto e 2500 por criança. Estamos cientes das dificuldades financeiras de todos e também não estamos habituados a este tipo de pedidos, mas o desespero e a angústia que sentimos para com a situação dos nossos familiares e também de todo o povo palestiniano.
Só com a vossa ajuda conseguiremos salvar a vida dos nossos familiares. Qualquer ajuda, mesmo que simbólica, será bem vinda e muito importante para eles..”
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