Sporting de Alvalade, o empresário João Pereira Coutinho (não confundir com JPC colunista no Correio da Manhã) e outros grandes devedores à Banca foram perdoados em centenas e centenas de milhões de euros pela simples razão de serem opulentos devedores considerados insolventes. Uma vergonha!
Refiro o nome de João Pereira Coutinho proprietário da SIVA dada a sua aptidão no torrar milhões e milhões em luxos ao estilo dos Marajás alimentando as revistas cor-de-rosa de faustosas extravagâncias suscitando críticas e acima de tudo invejas pois até na fraude invejamos o vizinho.
A banca em Portugal sempre foi servil relativamente aos fortes, arrogante, déspota e insensível, no tratamento dos pobres.
Gestores ditos de excelência têm desbaratado enormes quantidades de dinheiro sempre pagas pelos contribuintes. A torto e a direito queixamo-nos das excentricidades dos americanos, Madoff é exemplo de castigo de práticas de alta ladroagem, o Tribunal já conseguiu recuperar volumosa parte da burla, o dissipador continua na cadeia a cumprir robusta pena de prisão. E, por cá? Por estas bandas os tubarões das dívidas são perdoados exibindo-se em luxuosos automóveis, sendo exemplo da desfaçatez um antigo presidente de uma Caixa Económica insular provocadora de um assassinato cometido por um depositante arruinado em consequência da derrocada daquela casa bancária.
Os prejuízos provocados pelo crédito mal parado e a incompetência entre outros da Senhora Maria Luís Albuquerque (Cavaco Silva acha-a capaz, os depositantes do BES e do BANIF não têm a mesma opinião) levou-nos a termos de esportular milhões de milhões, só nos restando bufar devido ao despautério.
Estas e outras similares minam a confiança dos cidadãos nas Instituições, levam a atitudes de desespero e os governos sacodem a água das parkas (os capotes deixaram de estar na moda) debaixo do argumento da liberdade dos senhores administradores financeiros.
O perdão a estes devedores é aviltante afronta a todos quantos cumprem rigorosamente tudo quanto assinaram na altura de os empréstimos serem concedidos, os jornais pouco relevo concedem ao monumental abuso, alguma imprensa também beneficia do bodo aos ricos, enquanto o Zé Povinho não rebentar nada de relevo acontecerá no reino da Dinamarca sedeado em Lisboa.
Votos de Bom Ano.
Armando Fernandes